Em Conjuntura Internacional, Destaques

Por Fernando Brito ·

O jornal Valor Econômico publica estudo da consultoria norte-americana Global Financial Integrity que registra que a saída ilícita de capitais do Brasil chegou a US$ 226,6 bilhões em dez anos (2004-2013), o que nos coloca como o sexto país em desenvolvimento a mais sofrer com essa hemorragia de recursos.

Isso representa 12% do Produto Interno Bruto anual que deixa de ser contabilizado e, portanto, tributado.

Ou, para usar uma comparação mais atual, algo como mais de 100 vezes o que se aponta como desvio de recursos em todas as fases da Operação Lava Jato.

Segundo a consultoria “o principal componente do fluxo ilícito no Brasil e no resto do mundo é a adulteração de transações comerciais, com preços de exportação subfaturados e de importação superfaturados. Essa prática fraudulenta representa 96,5% dos fluxos ilegais originários do país”.

Não somos a principal nem a única vítima desta fuga perversa de nossas riquezas. São os países em desenvolvimento a parcela mais sangrada da economia mundial: a China é o país que sofreu a maior evasão de recursos em dez anos, com um acumulado de US$ 1,4 trilhão, seguida de Rússia (US$ 1 trilhão), México (US$ 528 bilhões), Índia (US$ 510,1 bilhões), Malásia (US$ 418,5 bilhões).

Um assunto em que o pato da Fiesp tem horror de meter o bico.

Haja Mossack Fonseca para abrir conta para as elites empresariais destes países lavarem esta dinheirama.

E as lentes da República atrás dos pedalinhos.

Acesse o relatório integral em inglês: http://bit.ly/1Vlbw83

Tijolaço [http://www.tijolaco.com.br/blog/]:05/04/2016.

Fernando Brito. Jornalista.


 Imagem: Tijolaço

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