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“A vitória em 2010 foi mais tranquila porque era mais fácil defender a continuidade do projeto do PT, de redução da desigualdade social, com o crescimento econômico que havia na época. Agora, será preciso trabalhar mais para conseguir a reeleição” (Ricardo Ismael.’O Dia’, 15/7/14).

O instituto Datafolha divulgou nova enquete de opinião eleitoral. Governo e oposição continuam empatados nas eleições presidenciais.

Há duas novidades – a rejeição recorde de Dilma (35%); e, outro fato novo, “o eleitor anti-Dilma se une” e “tanto Campos, quanto Aécio, numa projeção do segundo turno”, registraram taxas de intenções de voto bastante próximas. (Rudá Ricci/Facebook, 18/7/2014).

Em resumo, os números principais da pesquisa:

  • o governo de Dilma Rousseff é aprovado por 1/3 dos brasileiros e – em linha com isto – tem 36% das preferências eleitorais. Dilma perde prestígio, fustigada pelo pessimismo que se dissemina na sociedade: “o percentual de entrevistados que acreditam que a situação econômica do país vai piorar subiu para 32%. […]. Sobre o poder de compra dos salários, 35% responderam que ele vai diminuir […]”, e 42% creem que o desemprego vai crescer. O aumento da inflação é a expectativa para 58% da amostra pesquisada. (FSP e G1, 18/7/14).
  • as oposições somadas também têm 36% de intenções de voto (Aécio com 20%; Eduardo com 8% Everaldo, com 3% e os demais somam 5%). Sem preferência: 27% dos entrevistados; e,
  • a candidatura de Dilma é rejeitada por 35% dos brasileiros. Aécio tem a rejeição de 17%. Eduardo é rejeitado por 12% e o Pastor Everaldo por 18%.

Para a revista Carta Capital “os números revelam que, pela primeira vez, Dilma e Aécio empatariam em um eventual segundo turno. Caso a petista e o tucano fossem para a segunda etapa, a presidenta teria a preferência de 44% do eleitorado e ex-senador alcançaria os 40%. […] Eles estariam tecnicamente empatados. Na última vez em que o Datafolha testou um cenário com os dois no segundo turno, Dilma tinha 46% e Aécio 38%” (blog da revista, em 17/7/2014).

 Para Kennedy Alencar, “Dilma e Aécio vão depender muito da campanha no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, que terá início em 19 de agosto. A petista precisará melhorar os índices de avaliação de governo para voltar a ter favoritismo claro na disputa presidencial. Reduzir a rejeição será outra tarefa fundamental. Os estrategistas de Dilma apostam todas as fichas na propaganda política. Argumentam que ela, agora, sofre um bombardeio político e que, então, terá tempo suficiente para vender o seu peixe e convencer o eleitor. […]. A presidente jogou duro para obter, de longe, o maior tempo no rádio e na TV. O candidato tucano também necessitará de uma propaganda política que se conecte de vez ao sentimento mudancista de mais de 70% do eleitorado”. (17/7/2014).

 O Instituto Sensus também divulgou pesquisa a respeito da corrida presidencial. As tendências são semelhantes às identificadas pelo Datafolha; [acessar link –

http://www.istoe.com.br/reportagens/373512_UM+ELEITOR+MAIS+MADURO ].

 Para finalizar, duas notas sobre a economia:

1ª. – As pesquisas eleitorais também continuam “estimulando” a especulação financeira tanto no mercado acionário como no cambial; boatos levam os índices. Enquanto isso na economia real cada indicador anunciado sinaliza para uma situação de baixo crescimento acompanhando a maioria das grandes economias; e,

brics

 2ª. – A boa notícia, dentro de um cenário onde predomina o mau humor, foi o anuncio da criação, durante a VI Cúpula dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) , de um banco de desenvolvimento e de um fundo para socorrer países em crise que, se realmente forem viabilizados, desempenharão papel que tanto FMI e Banco Mundial deixaram de representar há tempos.

Crpeditos de imagem: cidadeverde.comfolhadobrejo.com.br

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