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Não me lembro do nome dela, da mulher do Arnaldo, só me lembro de que era a mulher mais feia do mundo. Um dia alguém, em uma roda no bar do Coringa, perguntou: “Oi Arnaldo, por que você arranjou uma mulher assim tão feia?”. “Ora, menino, explicou ele em toda sua simplicidade, porque assim nunca vai me trair. Que sorte que eu tenho, não é?”.

Pois vejam, pesquisadores e acadêmicos, meus colegas, que sorte que temos! Ninguém quer o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Primeiro foi oferecido ao Chalita, especialista em autoajuda, mas o seu partido, o PMDB, torceu o nariz, queria alguma coisa mais polpuda. Graças à Folha, Chalita foi chalitado. Depois foi oferecido ao PSD do Kassab, que também o rejeitou. E agora está sendo oferecido ao PMDB, que só o aceitaria “in extremis”, depois de fracassadas todas as tentativas para obter um ministério mais bonito.

Será que o MCTI é assim tão feio quanto a mulher do Arnaldo? Afinal são 6 bilhões de reais de orçamento. Quanta gandaia dava para fazer! O problema é que esse dinheiro todo só pode ser usado em pesquisas e, portanto, com esses acadêmicos cretinos quadrados. Quem vai querer lidar com essa gente? Que ainda por cima não votam em quem o partido mandar? E pior, não vai haver “kick-back”. E nem sequer tem muito espaço para contratar apaniguados. De fato o MCTI é tão feio quanto a mulher do Arnaldo e esta é a sorte da Ciência Brasileira. Pelo menos por enquanto.

Créditos de imagem: jornaldosindct.sindct.org.br

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