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Por André Cristi e Roberto Brilhante

De acordo com o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, não só o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial como todas as instituições multilaterais mudaram suas recomendações no último período. Segundo ele, o FMI avançou muito mais em relação às antigas políticas do que os economistas neoliberais brasileiros: “diziam que as ideias chegavam ao Brasil de navio, parece que agora elas vêm de carro de boi”.

Na semana passada, enquanto a presidente Dilma Rousseff reconhecia a necessidade de apertar o controle sobre a inflação cortando gastos sem aumentar desemprego ou reduzir ministérios, economistas de todo o país reafirmavam a necessidade de derrotar na prática a política econômica derrotada nas urnas.

Entre eles está Luiz Gonzaga Belluzzo, entrevistado por Carta Maior. Professor da Unicamp, entusiasta de Keynes, Belluzzo não considera precarizantes os cortes anunciados por Dilma. Sobre a redução do orçamento voltado para o seguro desemprego, lembra: “administrar de maneira correta e séria os gastos do governo é uma obrigação da pessoa eleita”.

O economista acredita que a administração fiscal de Dilma se voltará à preservação da capacidade de gerar empregos, coordenando e reinfundindo confiança no setor privado que, por sua vez, responderá positivamente.

Luiz Gonzaga desdenha do medo de que reduções na taxa de juros afastem investimentos. Dado o diferencial em relação ao resto do mundo – enquanto a taxa brasileira é de 11,15%, as outras nações do grupo BRICs praticam juros de 5 a 9% – diminuir a Selic não afugentaria capitais: “com toda a desconfiança manifestada pelo mercado, os capitais vieram para o Brasil”, afirma.

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Publicado por Carta Marior: http://bit.ly/1qEYApP

André Cristi e Roberto Brilhante. Jornalistas.


Créditos de imagem: geografianovest.blogspot.com

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