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Por César Benjamin

O American Council of Learned Societies, que congrega 45 associações culturais e científicas dos Estados Unidos, concebeu e editou uma publicação enciclopédica, contendo ensaios sobre vida e obra de pensadores e cientistas que influenciaram decisivamente a história da ciência, em todas as épocas. É o Dictionary of Scientific Biography (DSB), que contou com o apoio da National Science Foundation e teve o aval da History of Science Society.

A elaboração do Dicionário mobilizou historiadores e cientistas de muitos países. A obra vem sendo atualizada desde o lançamento, em 1970.

A edição brasileira, que o leitor tem em mãos, usou como base a décima edição norte-americana, a mais recente.

O caráter multidisciplinar, o alto nível dos textos e a combinação de informações factuais básicas e discussão ampla sobre a contribuição de cada biografado, tudo isso fez deste Dicionário um empreendimento único, logo transformado em referência nos meios acadêmicos mais exigentes.

Tornou-se também fonte permanente de consulta para professores, estudantes, jornalistas e outros profissionais, além dos amantes da cultura.

Todos os ensaios basearam-se em fontes primárias. Em diversos casos, eles são o primeiro ou o mais importante estudo já realizado sobre a obra de alguém, pois o objetivo do American Council não era apenas difundir o conhecimento existente, mas estabelecer conhecimento novo e explorar áreas em que nada existia.

Dicionário de Biografias Científicas

Capa da versão brasileira

O Comitê Editorial não incluiu trabalhos sobre pessoas que estavam vivas na época em que a obra foi concebida. Além disso, solicitou que a ênfase dos textos recaísse sobre as realizações científicas dos biografados, de modo que a história pessoal de cada um reduziu-se ao mínimo necessário.

Os ensaios foram encomendados a pesquisadores altamente selecionados, muitos deles de grande projeção, como se pode ver em rápida consulta ao Sumário. Diversos ensaios sobre cientistas do século XX foram escritos por colegas seus; por isso, citam fatos inéditos, mostram como o biografado raciocinava e usam a primeira pessoa em algumas passagens. Nos casos de pensadores que deram contribuições múltiplas – como Aristóteles, Leonardo da Vinci, Newton e Einstein, entre outros – os ensaios contêm várias partes, escritas por autores diferentes. Às vezes, têm dimensões de monografias ou mesmo de pequenos livros. O maior deles, sobre Laplace, teria cerca de 240 páginas, se fosse publicado no formato de um livro comum.

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Para oferecer o Dicionário ao leitor brasileiro, a Contraponto teve que realizar uma adaptação: selecionamos os 329 ensaios que consideramos mais importantes e os apresentamos na íntegra. Nossa edição, com aproximadamente 8.250 laudas de texto, corresponde a cerca de 25% da edição original, em tamanho, mas nenhum ensaio sofreu mutilação.

O American Council aprovou a seleção e concordou com esta edição mais compacta em língua portuguesa, na qual colaboram pesquisadores de 151 instituições de 27 países. O biografado mais antigo é Pitágoras (século VI a.C.) e o mais recente é o físico japonês Hideki Yukawa (1907- 1981), que propôs a teoria do méson. Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, os dois brasileiros que constam no original, permaneceram em nossa relação, com todos os méritos.

* Da apresentação da edição brasileira.

Para uma informação mais extensiva, acessar os links:

http://www.contrapontoeditora.com.br/catalogo/download.php?arq=DSB+-+apresenta%E7%E3o.pdf&url=arquivos/detalhes

http://www.contrapontoeditora.com.br/catalogo/download.php?arq=DSB+-+sum%E1rio.pdf&url=arquivos/sumarios

Editora Contraponto: Dezembro/2015.

César Benjamin. É doutor honoris causa pela Universidade Bicentenária de Aragua, Venezuela.


Imagem: barnesandnoble.com

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