Em Açoite, Destaques

“Ao riacho foram Lobo e Ovelha simultaneamente compelidos pela sede” (traduzo diretamente de Fedro). Acima está o lobo, muito longe, abaixo, a ovelha. Em uma atitude ímproba, inquire o lobo: “Pois você está sujando a água que bebo?” Responde a ovelha: “Como é possível se você está rio acima e a água vem de lá para cá?”. “É, mas você falou mal de mim, e se não foi você, foi seu pai”. E com isso saltou o lobo sobre a ovelha.

“Senhora Presidente, a Senhora desviou o voo entre a Suíça e Cuba para um “Happy-hour” em Portugal” diz o Lobo. “Não senhor lobo, ou devo dizer senhora raposa, o avião presidencial não tem autonomia para esse voo direto e por lei a equipe de bordo não poderia continuar no mesmo dia”. “É, mas a Senhora patrocinou com dinheiro público um fausto banquete”. “Não, senhora raposa, cada um pagou o seu”, diz a Presidente. “Então a Senhora escondeu essa parada” interpela a raposa, sem reconhecer que não havendo agenda em Portugal seria idiotice mencionar a parada. Como seria anotada? Aterrissar em Portugal, jantar, escovar os dentes, dormir e partir no dia seguinte? Raposas são mesmo apenas ladinas, porém apoucadas.

Créditos de imagem: ovelhamagra.blogspot.com

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