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Acho que enfim entendi. Desvendei a mágica de Aécio. Bastou um pouco de aritmética. Aécio diz que teve em seu governo de Minas uma aprovação de 98%. Isto colide frontalmente com a surra que levou em seu próprio Estado de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais e com a fragorosa derrota de seu candidato a governador de Minas. Um mistério insondável. Como pode um governador que obteve tal unanimidade de avaliação ser tão completamente derrotado pelos seus próprios avaliadores? Mas eis que contrariamente ao DataFolha e ao Ibope, uma agência de estatística de Minas anuncia, às vésperas da eleição, uma vantagem de 15% para Aécio sobre Dilma (outra mais modesta falou em 8%). Ora, 98% da população de Minas é muito próximo dos 15% do Brasil. Embora ninguém tenha informado que se trata da mesma agência, temos o direito de desconfiar que sim, e que, portanto, tenha usado a mesma margem de erro na avaliação de desempenho de Aécio – que demonstrou ter usado na eleição para presidente. Certamente não foi má fé, apenas um erro estatístico. Poderíamos, pois concluir que a avaliação de qualidades do governo de Aécio teria, em realidade, de ser de 2 ± 98% e não 98 ± 2%. Proponho, pois que, doravante, seja o Senador chamado Aécio Mentirinha, a não ser que aceitemos que ele tenha realmente acreditado que seu governo teria tido uma aprovação de 98%. Neste caso o novo apelido seria Aécio Mocorongo.


Créditos de imagem: pragmatismopolitico.com.br

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