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Domingo iremos votar, após disputada campanha presidencial

De ponta-a-ponta, Dilma Rousseff liderou o certame, sempre na vanguarda em todas as pesquisas de opinião eleitoral. As intenções de voto em Dilma oscilaram na faixa de 30% a 40%.

Em meados de agosto/2014, com a morte de Eduardo Campos, Marina Silva assumiu a vice-liderança da competição e lá permaneceu, com intenções de voto variando entre 20% e 30%.

A maior “vítima” da presença de Marina no pleito deste ano foi Aécio Neves, deslocado para o terceiro lugar no ranking eleitoral (situando-se, nas pesquisas, entre 10% e 20%).

Embora outros oito presidenciáveis estivessem presentes no páreo, os três líderes concentraram cerca de 4/5 das intenções de voto, restando a figuração aos demais.
Nesta última semana passada, cinco pesquisas foram divulgadas. Utilizando a média aritmética delas, constatamos que as oposições – somadas – tinham cerca de 45% das intenções de voto, contra uma média de pouco mais de 37% a favor da reeleição da Presidente (Quadro 1).

Quadro 1 – Números das pesquisas pré-eleitorais referentes ao primeiro turno (em %)

Candidato Vox Populi Ibope Datafolha Sensus MDA Média
Dilma 38 38 40 35 36 37,4
Marina 25 29 27 25 27 26,6
Aécio 17 19 18 21 18 18,6

Ante este cenário, é preciso considerar que ‘os dados ainda estão rolando’ e que existem possibilidades a serem examinadas.

A primeira – para Dilma, há a chance de resolver a parada no primeiro turno; para isso, hoje ela precisaria capturar alguns poucos pontos percentuais entre os eleitores de seus adversários;

A segunda – a distância entre Aécio Neves e Marina Silva também é bastante curta, ainda sendo possível de ser vencida pelo tucano, que poderia ir a um 2º turno contra Dilma Rousseff;

A terceira (e mais provável) – haverá um segundo turno a ser disputado por Dilma Rousseff e Marina Silva. Finalizando, embora não seja impossível, não há ninguém apostando que possa acontecer um segundo turno sem a presença de Dilma Rousseff.

Os institutos de pesquisa simularam a hipótese do confronto direto entre as duas candidatas. E verificaram que hoje haveria um empate técnico neste hipotético segundo turno (Quadro 2).

Candidato Vox Populi Ibope Datafolha Sensus MDA Média
Dilma 42 21 47 40 42 42,4
Marina 41 41 43 40 41 41.2

No dia cinco de outubro, se não vencer definitivamente, Dilma precisará obter nas urnas uma margem de cerca de dez pontos percentuais sobre a votação de Marina, para assim compensar a opção majoritária por Marina, preferência de 2º turno entre os eleitores dos demais candidatos.

Marina Silva precisaria — na derradeira semana desta campanha — inverter a tendência à perda de intenções de voto. Para ela, o melhor cenário seria encerrar o domingo empatada com Dilma, pois esta posição lhe garantiria importante vantagem estratégica no segundo turno.

As pesquisas indicam que são parcas as chances de Aécio Neves: mesmo que derrote Marina e vá disputar outra rodada no mano-a-mano com Dilma, os números dos institutos sugerem que o tucano seria o “adversário dos sonhos” daqueles que militam pela reeleição da Presidente.

Observação final – A média das pesquisas, apresentada em números de votos válidos: a TV Bandeirantes divulga o ‘Índice Band’, “uma média ponderada das últimas pesquisas dos institutos Datafolha, Vox Populi, Ibope, Sensus e MDA. O índice leva em conta apenas os votos válidos”. Para o primeiro turno, em uma semana, Dilma Rousseff “subiu de 42 para 45% das intenções de voto no primeiro turno”. No mesmo período — entre os dias 17 e 24 de setembro – “Marina Silva caiu de 37 para 31% e Aécio Neves tinha 18 e subiu para 21%”. No segundo turno, “Dilma tinha 48% e agora venceria Marina com 52% dos votos válidos, pois Marina caiu de 52 para 48%. Num eventual segundo turno entre Dilma e Aécio, ela o venceria por 56 a 44% dos votos válidos”. (TV BAND, 27/9/2014).


Créditos de imagem: ptsantoandre.org.br

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