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Os americanos usam uma metáfora sugestiva para caracterizar os covardes que fingem estar mortos, como o gambá. “To play Opossum”. Fingir que é gambá, dizem eles. Estadão, Folha, Globo News, Globo, etc. estampam em suas primeiras páginas a entrega ao Presidente da Câmara (ou devo dizer camarilha?) Eduardo Cunha o pedido de impeachment da Presidente Dilma Rousseff. O pedido é assinado por Hélio Bicudo e dois outros juristas do PSDB. Tucanos e araras são pássaros com bicos desproporcionalmente grandes, bicudos. Não estavam presentes os usuais vociferantes oposicionistas. Destes só o esbravejador Carlos Sampaio. Ué, só isso? Pois é, Aécio disse que só iria se a cerimônia fosse no Leblon. Fingiu gambá. FHC diz que as quintas-feiras eram dia de ser contra o impeachment. Se deixassem para entregar na sexta, aí sim, seria dia a favor, segunda, quarta e sexta ele é a favor, terça, quinta e sábado ele é contra e no domingo ele descansa. Um dia tucano, um dia gambá. É isto que ele chama de imparcialidade. Bacaninha, não é? O pitbull Aloysio Nunes finge de morto, é o próprio gambá. Sua última manifestação foi a favor das rendeiras do Piauí. Outro gambá é o Presidente do PPS, Roberto Freire, que já vem fazendo-se de morto há meses. Álvaro Dias está mudando de partido, por causa da cor. Vai para o Verde, embora esta não seja a sua cor de preferência. Paulinho da Força, pelego mor, ainda está em metamorfose, entre tucano e gambá. Serra quer um Ministério. Não importa de que governo. É uma espécie de gambá furta-cor. Seu nariz de tucano está diminuindo, já passa por arara, mas o cheiro é de gambá. Legítimo tucano só Carlos Sampaio. Mas há suspeitas de que já começa a mudar as penas. Só falta mudar o bico. O tucanato já é quase um gambanato.


Imagem: jb.com.br

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