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A existência humana não se resume a poucas variáveis econômicas. Mas, certamente, Emprego, Renda, Crédito e Consumo desempenham papel estratégico no cotidiano da população.

Recém-saídos, são positivos os indicadores de 2013 referentes ao mercado de trabalho, ao crédito e ao consumo:

• Emprego-desemprego/IBGE, 2013 — a ocupação aumentou 0,7% (e frente a 2003, ano do início da série histórica, o crescimento foi de 24,8%). A taxa anual de desemprego caiu para 5,4%; foi a menor taxa média anual da série e muito inferior à taxa de desemprego de 2003:12,4%;

• Rendimento/IBGE, 2013 — a variação do rendimento médio real foi de 1,8% (e a massa de renda real aumentou 2,6%);

• Crédito/Banco Central, 2013 — foi de 14,6% a expansão do crédito e a taxa de inadimplência caiu: de 8% (2012) para 6,7% (2013);

• Consumo, 2013 — estimativa da Pyxis Consumo/Ibope Inteligência indica que houve aumento de 10% do consumo.

Os números de 2013 consolidam ganhos de uma década. Mas os analistas creem que a preocupação da cidadania, hoje, estaria orientada para a agenda de 2014, enevoada por ameaças e desafios vários.

Por exemplo: o cenário econômico deteriora-se rapidamente, a partir da inversão do fluxo internacional de capitais que teve seu rumo alterado em direção aos EUA em função de sinais da recuperação da economia daquele país, além de turbulências vindas do setor financeiro da China. Ficaram expostas as fragilidades econômicas dos chamados países emergentes, com reflexos para a economia do Brasil.

As medidas que, até aqui, alguns desses países adotaram para enfrentar o quadro adverso da conjuntura econômica, indica saídas ortodoxas que sempre redundam em piora de indicadores sociais.

Preocupados com este quadro, diz a imprensa, setores governistas estariam a trabalhar com um cenário de decisão da eleição presidencial somente no 2.º turno. Variados motivos foram relacionados: Cenário econômico ruim, para 2014; Retorno dos protestos populares durante a Copa do Mundo; Desgaste da máquina do governo; Surgimento de candidatura cindindo o campo governista (Eduardo Campos); Oposição (Aécio Neves e Campos) estruturando um “pacto de não-agressão como estratégia para levar a disputa ao 2.º turno, transformando Dilma no alvo único de ambos”; e, Pesquisas de opinião indicariam que “não há uma convicção clara a favor da manutenção do governo, o que poderá levar a população a apostar no segundo turno. Dois dados indicariam isso: o [insuficiente] índice de aprovação do atual governo e aquele que aponta os que querem mudança” (que seriam 2/3 do eleitorado).

Se verdadeiro este cenário torna ainda mais crucial o bom andamento da reforma ministerial, iniciada nesta semana, com o anúncio de novos nomes para três ministérios (Casa Civil, Educação e Saúde) e para a Secretaria de Comunicação Social. Além disso, considere-se também outro fator de tensão, que exige gerenciamento político: chegou ao fim o recesso do Congresso Nacional e do Poder Judiciário, com o retorno à cena nacional de temas e de conflitos que hibernavam desde dezembro de 2013.

Créditos de imagem: estadao.com.br

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