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Imagine um país em que o salário mínimo seja 80 dólares. E a taxa de juros fosse 40%. É evidente que os ricos estariam ferrados nesse país e os pobres, é claro, estariam no pré-orgasmo paradisíaco. Aos ricos iria doer-lhes a consciência e aos pobres viria o sentimento debeirarem a salvação eterna. Imaginem agora o contrário. Pensem num país em que o salário mínimo fosse 260 dólares. E a taxa de juros ficasse em 13%. É evidente que nesse outro país, os ricos estariam no paraíso: eles teriam perdido quarenta menos treze igual a vinte e sete na taxa de juros, mas como são patriotas e defendem a redistribuição de renda, sorririam felizes pelas calçadas, ou melhor, pelos condomínios e aeroportos. Quanto aos operários e pobres, eles não estariam tão felizes quanto naquele outro país. Ao ganharem, através de um governo populista, demagógico e irresponsável, um aumento de duzentos e sessenta menos oitenta igual a cento e oitenta dólares, ficariam preocupados com o excesso de distribuição de renda.

É disso que se trata na próxima eleição. Trabalhadores e pobres, mas gente consciente, deseja dar um “basta” no governo Dilma, porque tal governo diminui os ganhos dos ricos para dar aos pobres. Quanto aos ricos, apesar de sua enorme simpatia pelas causas dos pobres, estão convencidos que é melhor “pegar de volta” este troco que o Lulismo está repassando para os pobres e ir gastá-lo em Miami, Nova Iorque e Paris. Sim, que as próximas eleições sirvam de lição ao Lula e aos seus populistas: “dinheiro na mão é vendaval”… Não deve servir para fabricar uma “nova classe média”.

Por isso, entendo com simpatia o linchamento com que a mídia e os “aliados da véspera” estão tratando o Lula, Dilma e o PT. É contra a intenção da Providencia Divina, como diria um pastor alemão, tirar dos ricos para dar aos pobres. Ainda que sejam migalhas. Todos sabemos que, ao que muito tem, mais lhe será acrescentado. E ao que nada tem, o pouco que tem, ser-lhe-á tirado. Como dizia o filosofo Ronaldo Gorducho, afinal, “não se faz Copa com hospitais”. E como dizia Jesus Cristo “daquilo que semeastes é que colherás”. O povão está com saudades de ganhar mal, de ir ao shopping apenas para passear, e não para se endividar. A indústria automobilística está cansada de fazer “rebaixas”, para vender carro para pobre. Que venham, pois, as eleições, para que se possa restaurar logo a Era de Ouro do FHC. Cada qual no seu lugar, a cada qual de acordo com sua obra.


 

Créditos de imagem: conversaafiada.com.br

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