O fracasso (1) gera a frustração (2), que gera o rancor (3), que gera o ódio (4), que gera o racismo e o fascismo (5), que geram as ditaduras militares ou civis (6), que geram a tortura, o sofrimento, a destruição, senão a guerra (7). Pois não foi exatamente isso que aconteceu na Alemanha, quando o povo inconformado com a derrota da primeira grande guerra elegeu o Nazismo como instrumento de retaliação, de vingança contra os aliados? E deu no que deu. E não foi isto que aconteceu no episódio recente de Jango Goulart?
Será que é isto que os chamados meios de comunicação brasileiros desejam? Pois sem eles os fracassados políticos apoiadores da candidatura de Aécio Neves já teriam, por certo, se acomodado com a derrota. Será que não aprenderam com a História recente do Brasil?
Foram só 2.000 pessoas que foram às ruas, dizem os nossos analistas. Mas quantos gatos pingados estavam presentes no primeiro comício de Hitler, o pintor de paredes? 50? Ou 15?
Pois bem, ao que parece já estamos no 5º passo. Faltam só dois. Só falta encontrar um Hitler, ou bastaria um Lacerda? Quem se habilita? O histérico Senador Aloysio Nunes não chega lá. Aécio não tem estofo. Serra envelheceu. A sorte do povo brasileiro é que a extrema direita é profundamente incompetente. Mas todo cuidado é pouco. Um Arturo Ui (personagem de Brecht concebido como fusão de Hitler e Al Capone) surge inesperadamente, do nada. O mal tem, portanto, que ser cortado na raiz e esta raiz está nos meios de comunicação. E é lá que tem que ser combatido, resguardando obviamente o bem maior, que é a liberdade de imprensa. Ideias só se combatem com ideias. Viva a internet!
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