Em Destaques, Vida Nacional

A Pesquisa Brasileira de Mídia, divulgada na semana que passou, indica que 2/3 (78%) da população utiliza diariamente a televisão para obter informações.

A internet é a fonte diária de notícias para 37% dos brasileiros. E o rádio mobiliza 30%, diariamente.

Leitores diários de jornais? Apenas 7% da Nação…

São poucos os leitores dos jornais brasileiros. Mas seriam eles os mais crentes neste veículo: 58% “confiam muito ou sempre” naquilo que leem. A TV não ficou muito atrás em grau de confiabilidade: 54%. O mesmo ocorre com relação ao rádio (52%). Sites (28%), blogs (25%) e redes sociais (26%) têm menor taxa neste quesito.

A audiência forte das televisões fez as empresas estatais do governo federal consumirem (neste século, 2000-2013) mais de 8,5 bilhões de reais em gastos com publicidade nas redes de TV aberta, segundo o blog de Fernando Rodrigues.

No mesmo período, foi empenhado menos de R$ 1 bilhão com publicidade de estatais em jornais e veículos da Internet. (As revistas semanais, que mobilizam um –proporcionalmente – pequeno público leitor, responderam por mais de 600 milhões de reais, no período).

Estes números reafirmam o papel estratégico a ser desempenhado pelo futuro ministro das Comunicações de Dilma Rousseff. Além de responder pela formulação de políticas setoriais, acredita-se que o Ministério agora também acumulará a gestão do orçamento da publicidade oficial (que hoje está vinculado à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República).

Até o momento, a Presidente não anunciou o futuro ministro. Todos dizem que o atual, Paulo Bernardo, certamente não permanecerá no cargo. Jaques Wagner seria o nome preferido do PT e de Dilma, segundo rumores que circulam na mídia.

Talvez um dos maiores desafios do próximo governo seja estabelecer uma regulação desse setor, visando democratizar o acesso à informação que no nosso País ainda é limitada, principalmente pelos interesses dos poucos grupos que dominam a mídia.
Indefinido o ministério do quarto mandato presidencial do PT, as estrelas fulgurantes no noticiário semanal têm sido os indicados por Dilma para as áreas econômicas.

Joaquim Levy e Alexandre Tombini, por exemplo, concederam entrevistas para a TV Globo, apresentando uma panorâmica da economia brasileira hoje. Essas entrevistas são sempre mais do mesmo, ou seja, falam o que o “mercado quer ouvir”.

A promessa é a austeridade, sem que a palavra seja pronunciada, indicando, mais uma vez, que teremos ajustes de preços administrados (tarifas), redução de gastos e aumento de impostos; uma pequena amostra do que virá tivemos na semana com o BNDES aumentando a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). No caso da TJLP é o primeiro aumento desde 2003. Esse aumento já faz parte da “arrumação” da casa, pois reduzirá os repasses do tesouro ao BNDES.

Quanto ao conturbado cenário internacional, onde a crise da economia da Rússia vem provocando estragos, por enquanto, nas cotações das moedas dos países emergentes, pouco se fala em termos de consequências futuras. Os reflexos da queda acentuada do preço do petróleo continuam sendo tratados como acontecimento longínquo, quando na realidade esses fatores combinados podem levar a que os sacrifícios que serão impostos a partir de janeiro sejam totalmente inócuos para a tão necessária recuperação do crescimento econômico que o mercado espera já para o segundo semestre de 2015.


Créditos de imagem: info.abril.com.br

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