Em Destaques, Vida Nacional

Se vivo fosse, Torquato Neto poderia dizer que nos aguardam futuros dias de paupéria…

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária/Copom – aquela que elevou para 10,5% a taxa Selic – indica não haver perspectiva de queda dos juros neste ano (com os previsíveis desdobramentos sobre as atividades produtivas ao longo do biênio 2014-2015).

Infelizmente, não houve lenitivo no discurso da Presidenta Dilma, que, no Fórum de Davos, comprometeu-se com o combate à inflação, com a responsabilidade fiscal e com a abertura para investimentos privados.

E mais: no plano externo, uma nova fonte de problemas viria do Sul, pois muitos temem os efeitos da crise cambial argentina, que teria potencial para contaminar as economias dos países do MERCOSUL.

Contudo, a economia não é o único segmento a gerar más notícias: a área social também contribuiu para compor o infeliz retrato da semana.

Anualmente, a ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal divulga um ranking, apontando as 50 cidades com maior índice de homicídios do mundo.

 Destaque para o Brasil, com participação crescente na lista. Em 2012 eram 14 as cidades brasileiras; em 2013 havia 15 municípios brasileiros no ranking. Na edição de 2014, subiu para 16 as cidades listadas.

 A quarta e última má notícia veio de uma sondagem de opinião pública, que a ONG Nossa São Paulo divulga há cinco anos e que versa sobre a qualidade de vida na metrópole paulistana.

A enquete é feita pelo Ibope. Com relação à (in)segurança pública, 93% dos paulistanos consideram a metrópole um lugar ‘pouco’ ou ‘nada’ seguro para se viver. Constata-se também que a insegurança cresceu nos últimos cinco anos, pois esta taxa era de 87% no início da série histórica.

O estado crítico da segurança pública não é questão isolada. Em muitos aspectos, a existência humana nas metrópoles parece ter piorado no período recente e a explosão de ira em Junho de 2013 é forte indicador deste mal-estar generalizado. Talvez por isso, a mesma pesquisa Nossa São Paulo/Ibope constata que 55% dos paulistanos – se pudessem – optariam por mudar de cidade.

Créditos de imagem: novomundoperfeito.blogspot.com

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