Em Conjuntura Internacional, Destaques

Por Eleonora de Lucena

O modelo econômico neoliberal adotado pelo Brasil já deu o que tinha que dar, seu prazo de validade expirou. Agora é preciso mais ambição, olhar o que fez a Ásia e mudar o modelo.

Os novos parâmetros devem ser reindustrializar o setor exportador, reenergizar a manufatura e adotar uma política pró-crescimento. São necessárias ações para diversificar mais a economia, regular de verdade as finanças e dar transparência às instituições e à política.

É o que defende o economista José Gabriel Palma, 68, da Universidade de Cambridge e pesquisador das universidades de Santiago e Valparaiso. “Mais do mesmo não nos levará a nenhum lugar”, diz.

Chileno e especializado em economia latino-americana, ele observa a experiência asiática e conclui que “para crescer de forma sustentável é necessário investir ao menos 30% do PIB”. Na sua visão, a desvalorização da moeda brasileira é positiva. “Um real sobrevalorizado só ajuda os especuladores e os rentistas”, afirma.

Nesta entrevista Palma avalia que a grande década perdida na América Latina “não foi a dos anos 1980, mas a do superciclo das commodities“.

Trata também da China: “Se o governo [chinês] não tivesse atuado com tanta energia, estaríamos de volta à crise asiática de 1997, mas multiplicada por dez”. Para ele, as ações drásticas “até agora não solucionaram nada, apenas contiveram o colapso”.

Leia a íntegra da entrevista: http://bit.ly/1MIthsJ

FSP: 16/10/2015.

Eleonora de Lucena. Jornalista.


Imagem: ¿Y DÓNDE ESTÁ LA IZQUIERDA EN AMÉRICA LATINA? Gabriel Palma por FLACSO MÉXICO

 

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