Em Destaques, Vida Nacional

Por Nilson Lage

O que esses energúmenos e cãezinhos amestrados chamam de “investimento estrangeiro” não é capital que entra no país para criar coisa alguma: vem para comprar a preço de banana, em tempo de crise, empresas locais lucrativas que não conseguem sobreviver com os juros brutais e a instabilidade permanente da economia.

Trazer tecnologia? Nem isso. Procuram startups altamente promissoras e firmas de porte médio com processos de produção consolidados, buscando, quando é o caso, apropriar-se de recursos estatais para infraestrutura.

Nada de novo nesse mecanismo de desnacionalização. Ele é antigo, quase tradicional. Se alguém tem dúvida, é fácil constatar no super-mercado que marcas tradicionais,como o sabonete Phebo ou o Matte Leão não mudaram nada – só de dono.

Não se investe em produção: concentra-se e aliena-se a propriedade. Quanto ao dinheiro pago aos vendedores brasileiros, vai direto para o cassino dos paraísos fiscais, ampliando a classe ociosa da nobreza rentista local.

Como dizia o caipira eternizado por Monteiro Lobato, para esses, qualquer outra coisa “não paga a pena”.

Comentário ao artigo: Brasil em liquidação:

http://dc.clicrbs.com.br/…/brasil-em-liquidacao-9802801.html

Do FB do Autor

[https://www.facebook.com/nilson.lage.3/posts/10155519575004674]: 27/05/2017.

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Nilson Lage. Jornalista e professor universitário (UFRJ e UFSC). Doutor em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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