Por Roberto Moraes
EUA-Arábia Saudita e o maior contrato de venda de armas da história norte-americana, no valor de 110 bilhões de dólares (358 bilhões de reais).
Arábia Saudita é o quarto maior comprador de armas do mundo.
Segundo matéria do jornal espanhol El País, o Instituto Internacional de Estocolmo para a Pesquisa da Paz (SIPRI, na sigla em inglês) informa que no ano passado o gasto dos sauditas com o setor foi de US$63,7 bilhões de dólares.
Assim, Trump faz aquilo para o qual foi eleito com apoio do setor armamentista dos EUA.
O setor sustenta a mais forte estrutura da indústria americana. Ele puxa uma enorme cadeia em que se ancora boa parte da economia americana.
O acordo renovado com os sauditas tem duplo ganho.
Além da aliança no campo da defesa e dos alinhamentos geopolíticos, ele também sustenta a outra âncora, a do petro-dólar que garante a moeda americana com a principal base de negociação da mercadoria especial que é o petróleo.
Ao estilo americano esta é a resposta à proposta de ampliação da articulação internacional da rota da seda dos chineses.
Assim, parece que o capitalismo de estado chinês caminha para se confrontar com o capitalismo da hegemonia bélica americana.
Do FB do Autor [http://bit.ly/2rKxfug]: 20/05/2017.
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Roberto Moraes. Engenheiro. Pesquisador do PPFH-UERJ.