Por Valter Pomar
“Nós precisaremos de 172 para derrotar o impeachment e hoje temos no máximo 199.
Uma questão é: destes 199, quantos/as são de aço?
A votação foi secreta, mas Cunha fará como ACM: vai conseguir a lista e promoverá um duro corpo-a-corpo, com os métodos que conhecemos e outros que imaginamos.
Os democratas não devem ter nenhuma ilusão: será uma luta cruel.
Luta que só venceremos se – além de muita mobilização e mudança imediata na política econômica – tivermos clareza de que uma derrota é possível e seria imensa tragédia.
E preciso ter claro, também, que o homem dos 5 milhões de dólares é um instrumento de forças outras.
A ridícula epístola tem relação com isto: Cunha, como Collor em 1989, pode ser útil para nos derrotar. Mas as elites não confiam nele para o day after.
Em resumo: setores crescentes da direita estão em marcha batida rumo à ruptura institucional. Eles precisam saber – e nós precisamos demonstrar – que não será um passeio”.
Do blog do autor: 08/12/2015 [http://bit.ly/1Q2EvLb]
Valter Pomar. Historiador.
Imagem: 1 – Pedro Ladeira/Folhapress; 2- Tv Câmara