Em Destaques, Vida Nacional

De acordo com o Data Folha foram cerca de 135.000 os paulistanos na grande parada da burguesia ofendida da Metrópole, ou seja, cerca de 1% da população da Grande São Paulo (teve mais gente na Parada Gay). Eu não sabia que havia tanta Perua e Playboy em São Paulo. Aliás, o acontecimento de maior realce foi a presença da Associação de Motoqueiros, com suas lustrosas Harley-Davidsons, coloridas tatuagens, brincos de brilhantes e generosas barrigas. Foi linda a festança. No Rio, onde as demonstrações alcançaram cerca de meio por cento da população, havia mais gente de maiô na praia do que no calçadão, houve samba e trio elétrico. Reclamaram os participantes a falta de lança-perfume e serpentina, mas dançaram assim mesmo. No Leblon uma turma reclamava não haver encontrado camisa verde-amarela com marca de grife. Que tragédia! Em Salvador e Belo Horizonte foram só 0,1% das respectivas populações. Seria apenas preguiça? Mas em Brasília os funcionários públicos contestadores chegaram a 0,2% da população da capital. Quase todos assessores ou asseclas de Eduardo Cunha. No Brasil todo foram 300.000 de acordo com o Data Folha, ou seja, 0,15% da população brasileira. Os demais ou são a favor da Presidente Dilma ou são a maioria silenciosa. Então como é que tão pouca gente pode fazer tanto barulho?


Imagem: Gabriela Bilo/Estadão

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